terça-feira, 24 de agosto de 2010

Acorde.

Acordei no meio da noite, e por lá fiquei. Eu, que não tenho insônia, quis ficar acordada me deliciando do silencio que a madrugada traz. Pensei por aqui, passei por lá. Fiz três versos, peguei o violão:
"E se um dia tiveres a certeza do meu amor,
Vagará no sorriso indiscreto que eu ousei arrancar de você,
Estará comigo, em pensamento, por não conseguir estar sem razão."

Fá diminuto.. Fá diminuto.
O Acorde vermelho. O preferido. O doce. O frágil e forte. Incomparável.


Fiquei ali, repetindo pra mim mesma os versos, na esperança que alguém mais me ouça. Que ecoe, que faça ser verdade.

Tenho tido noites assim. Conturbadas não: Aproveitadas. Eu gosto de ter esse fio amargo vagando ao meu redor. Gosto de ser confusa, gosto dessa perturbação que alimenta meus pensamentos. Chegar em uma conclusão nem sempre é favorável ao que se sente. Então eu prefiro o pensar do que o concluir. Prefiro o tentar do que o desistir.
Prefiro olhar pra dentro de mim e perguntar: Por que? Do que caminhar pelas linhas certas.

Eu vou aí vivendo, não como a vida quer me levar, mas como eu estou conduzindo.


Bom dia.

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