domingo, 15 de janeiro de 2012

Eu olho ao redor. TV, SOM, Computador, Celular, Livros, Violão.
Cercada de coisas, entediada.
Cercada de coisas que não podem me transmitir sentimento, só solidão.
Nada em conjunto, tudo individual.

Aí tenho amigos, aí tenho família, aí tenho namorada e mesmo assim me sinto só.
Isso tem se tornado tão rotineiro que um ai a mais me tira da mesmice.

Talvez minha mãe (como sempre) esteja certa: Não posso aguentar esse fardo.

Preciso de fortes emoçoes, aquelas que nos arrancam de nós mesmos e nos fazem
ver que somos ínfimos diante de uma imensidão.
Aquela que nos faz perceber que não conhecemos nada, que não sabemos de nada.

Mas onde? Onde?
como eu consigo isso?
Dinheiro no banco não compra isso.
Emprego bom não compra isso.
Boas amizades não compram isso.
Um amor não compra isso.
Família não compra isso.

Precisa sair de dentro de mim essa felicidade que, na verdade, não sei
se tive um dia.

Choro sem saber por que. Escrevo textos e vou publicá-los sem ao menos revisar.
Não quero saber se tem nexo ou se alguém se interessaria por ele.

Escrever fora dos padrões é minha mais forte aventura nessa tarde de domingo.

Trancada nesse quarto, rodeada de coisas sem sentimento.
Tenho palavras de ordem grudadas em minha parede..
Coisas vãs. A quem quero enganar se não a mim mesma?

Nenhum comentário:

Postar um comentário